sábado, fevereiro 28, 2009

Crônica-Síntese: Amor


Aqui estou para, mais uma vez, compartilhar com vocês todo um universo de sentimentos e amor por meio de palavras. Tarefa complicada porque palavras são só palavras e nada mais. Palavras dizem do amor, da amizade, referenciam tudo aquilo que é essencial, mas palavras não são amor, tampouco a amizade e nunca são (nem serão) a essência... como não nos resta muitas alternativas para traduzir o que sentimos, o que representamos, o que desejamos uns para os outros, convém então apanhar algumas palavrinhas e assim alimentar nossos ouvidos e a alma.

Depois de árduos 4 anos, se chega hoje com um sentimento de alívio, porque, muitas vezes, certos momentos e fases da vida parecem intermináveis. Também se chega com um sentimento de dever cumprido, muito embora não tenham faltado erros e escolhas não tão acertadas. Mas, pergunto: quem aqui nunca errou? E outra: o acerto às vezes é fruto do amadurecimento da pessoa, que não raro ainda está sendo lapidada pela vida e até chegar lá terá caído, terá chorado, terá achado tudo muito sem graça e cruel. Ao final desse processo natural imposto pela vida, enxerga-se que tudo tem um propósito e uma razão de ser e que por isso valeu a pena viver, pois é necessário viver-se tudo, nada é suficientemente insignificante.

Outro sentimento despertado depois de tudo que vivemos nesse período é de alegria, pois se entra agora numa outra etapa da vida com a satisfação de ter feito muito bem o que deveria ser realizado. E melhor: no início todos começamos dispersos e soltos, até porque não nos conhecíamos. E hoje terminamos em família, como uma família, cada qual com sua energia, marca e tempo próprios. Mas, incondicionalmente, TODOS IMPORTANTES.

E falando de início, como não lembrar da feijoada dos calouros! Foi como o primeiro olhar de duas pessoas que não se conhecem e de repente se veem e logo ficam apaixonadas. Assim foi, nos enamoramos graciosamente e os bons sentimentos só se estreitaram e foram fortalecidos com a convivência. Não esqueçamos, também, da tradição dos aniversários comemorados em sala de aula iniciada quando inesperadamente Wanúbia apareceu com um bolo para festejar seus 17 anos.

Se vivemos muitos momentos felizes, não podemos esquecer também de momentos igualmente marcantes: alguns amigos foram deixando a UEPa e o grupo inicial com mais de 30 pessoas, chega hoje com menos da metade desse número. Mas é assim mesmo: escolhas, caminhos que são trilhados e seguidos. O mais importante é que eles deixaram a universidade, contudo ainda permaneceram membros dessa linda família que formamos.

Tivemos uma grande despedida, a ida de um lindo ser, que tanto nos abrilhantou com sua larga sapiência, alguém que nos marcou profundamente. Decerto que o mestre Sapucahy não poderia ficar de fora desta crônica-memória. Rubem Alves nos diz que a morte vem quando a vida não quer mais ficar, pois terá se completado o ciclo. Assim ele foi...

Muitas coisas poderiam ainda ser ditas nesta crônica porque infindáveis foram os encontros, os festejos, as confraternizações, mas isso não é necessário: esses instantes estão dentro de nós e para rememorarmos basta olharmos para as janelas da alma de cada um, os olhos. Lá estão tudo, os melhores momentos, os instantes inesquecíveis. Ali mora a essência.

E esta formatura, fim de mais um ciclo da vida, é também início para outros e outros ciclos que virão. Concordo com o poeta inglês T.S. Eliot quando diz que "(...) no meu fim está o meu início". E durante a caminhada da vida quem deve sempre estar é o amor...
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PARTE 02... Algumas impressões, apenas impressões

Marcelo: autor de danças frenéticas de passos e
compassos só seus. Também é e foi o dedilhador oficial da turma. Marcelinho é único.

Camila: um mimo de pessoa e um oceano onde todos querem naufragar. Maravilhosa pessoa.

Rafaele: Falando de água, agora da destilada, não há quem tire seu supremo reinado da BOHEMIA. Pessoa adorável.

Suellen: a amiga das festas de aniversários na UEPa. Foi e é uma menina incrível. Ah... e também dos feitos incríveis.

Márcia: Toda opinião sua tem um único limite: a sinceridade. Uma das pessoas mais fortes que já conheci e em quem todos nós devemos nos espelhar.

Thiago: Apesar de seu jeito mais sério, já há algum tempo que o sorriso está largo em seu rosto. Qual o nome dela, hein Thiago? É um rapaz muito inteligente.

Carla: Há ser mais musical e da mídia como a Carlinha? Não neh! É aminha aposta para pop star paraense. Carlinha é uma autêntica artista.

Wanúbia: de longe a letrada mais curiosa e detentora da caligrafia mais caprichada que existe neste mundo. É uma menina incrivelmente simples e prestativa.

Suzany: dizem ser a menina do contra. Discordo. Suzy, por favor, não discorde de mim! É uma pessoa enormemente cativante. Suzy, deixa eu viver no país da Suzylândia?

Regiane: Não é santa, mas é a nossa Rainha. Seus olhos são vivos e mostram toda a gana que ela tem para concretizar os objetivos que traça. É uma menina admirável.

Jéssica: Há pessoa mais doce e meiga que a Jessiquinha? Não existe. É uma menina simplesmente encantadora.

Quésia: É a Ridícula, que para todos nós significa: pessoa sem igual, grandiosamente humana, adorável e determinada.

Walker: Ah...ele é nosso presidente da piada, eleito por aclamação. Um amigo para todas as horas, tem um coração do tamanho do amor que sua mãe tem por ele: E-N-O-R-M-E.

Denise: A menina do Amigos para Sempre. Cantora, teatróloga e o principal: agora uma professora-formadora. Denise é um encanto de pessoa.

Maíra: É o doce de leite da turma, que adora pão de queijo: por que será, hein? Uma das pessoas mais preocupadas com o próximo que já conheci. É muito especial e muito a admiro.

Paula: é a minha marida, é a mangueira e só pensa em casar depois dos 80. Ainda é uma menina que apenas cresceu. O brilho dos seus olhos transparece o quanto ela é verdadeira e amiga. É alguém indescritível.

Ricardo: dos meninos, o mais bronzeado. Bom, eu não vou ganhar o canudo nem vou poder usar o anel de formado, mas espiritualmente me formei com vocês e sempre estive e pertenci a turma. Amo especialmente a cada um de vocês e os tenho todos no meu coração.

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Falar de vocês é muito fácil e gratificante. Nunca me considerei o cronista da turma, como sempre fui conhecido, mas sempre fui aquele que se aventurou a (tentar) traduzir o que emocionalmente senti, o menino que tentou dizer o que somente o olhar e o coração podem dizer. Sempre foi um exercício de amizade e satisfação escrever sobre e para vocês. Acho que muitas vezes acabei escrevendo muito e dizendo pouco. Noutras vezes disse muito não tendo escrito tanto. Eu sempre na minha busca da palavra perfeita... e duas já encontrei: A-M-I-Z-A-D-E e A-M-O-R...

8 comentários:

Anônimo disse...

LEGAL, SEREI A PRIMEIRA!
Daltro, querido, nem preciso repetir o quanto você nos impressiona com a singeleza rica de seu talento com as palavras. É uma honra tê-lo como amigo, um homem tão sábio, carismático, simples e amável para com todos. O texto é brilhante! E senti-me muito satisfeita com a minha definição, obrigada pelo carinho!
Gande abraço!!

Anônimo disse...

Lindo, lindo, lindo!!!
Não consigo dizer mais nada a não ser isso...
Lindo texto
Lindo esse nobre sentimento que nos une
Lindos os 4 anos de curso de Letras
Lindos amigos
Lindos momentos
Lindos eventos...

Liiiindoooo!!!
Beijos

Anônimo disse...

Caro Ricardo-Rodrigo!!! =)
O dom de conseguir registrar os momentos mais sublimes em palavras é pra mim o mais cobiçavel toque de Midas que posso imaginar...É através dessas crônicas que consigo dizer ao mundo e lembrar todos os dias da prazerosa sensação desses nossos pequenos momentos de cantoria...Espero que venham muitas e muitas crônicas sobre essa nossa linda amizade!

Ah, concordo, sim!! E podes viver na Suzylandia: "lá és amigo do Rei!" ;) hehe
bxxxxxx!!

Unknown disse...

Como sempre você nos surpreendendo com seus lindos textos.

O curso de Letras muito perdeu com sua saída. Mas Deus, com toda a Sua generosidade, nos agracia ainda com suas palavras.

O primeiro texto retrata, com maestria, o que foi o curso de Letras, momentos e sentimentos importantes que marcaram nossas vidas.

O segundo é impressionante. Você, com sutileza, consegue expressar por meio da escrita características peculiares de cada um, coisa que demonstra o quão você é sensível, observador,amigo, um ser especial.

Tenho orgulho de ser seu amigo e por ter tido a oportunidade de ler este lindo texto no dia da missa de formatura. Muito obrigado mesmo e parabéns pelo texto.

Shirley Margalho disse...

nusss amei seu blog \o/
adorei já tah na minha lista de links!
;*

LUCIANO disse...

O intruso aqui veio comentar!
Quando comecei a ler o texto ignorei a menção aos 4 anos de curso e juraria que se tratava de uma crônica sobre a nossa faculdade, Daltro. Por isso, não pude deixar de sentir uma pontinha de ciúmes da turma de Letras.
Contudo, a decepção não durou. Tenho CER-TE-ZA de que o senhor nos brindará com um texto tão bom quanto esse; desta vez tratando de um curso de 5 anos... não te sintas pressionado, mas é pra ontem!
Gostei de ler.
Abraço, 007.

Luciano

Karla disse...

Que linda homenagem à nossa querida turma da UEPA, Ricardo! Quando vi a foto, então, nossa...! Que saudade desse povo, da união e da alegria contagiante dessa turma! Eu disse isso uma vez (não sei para quem) e repito: nunca conheci nenhuma turma como a de Letras, da UEPA; nunca conheci uma turma tão unida, animada e de constante alto astral (para enfrentar qualquer obstáculo) como essa turma da UEPA - a turma que realmente era uma turma e de que tenho saudade...

Parabéns pelo seu texto: como sempre, DIVINO!

Beijos,

Karla (29/07/10).

Priscila disse...

Como é gratificante ler seus textos, pois esboçam sentimentos profundos e sensibilidade na percepção dos momentos vividos e internalizados por voce,expressam partes de sua vida na qual tenho oportunidade de conhecer através de suas composiçoes. Você é um ser digno de admiração e carinho!
Um beijo de sua querida namorada :)