quarta-feira, setembro 28, 2011

O ENCONTRO


Aquela semana se delineava destrutiva
eu, desfalecido, me desfazia em frangalhos
Os dias, as horas, os minutos e segundos que seguiam
corroíam meu tempo de esperanças no amor.

Sem comando próprio, seguindo a esmo
Meu ser era todo caco, de coração cacto
Seco e sem mágoas, é verdade. Mas vazio. Desolado.

Inesperadamente, porém, o coração em estado terminal...
Retornou
Pulsou
Deu sinal de vida!

O sangue, antes enegrecido pela névoa da desilusão,
Agora renovado está porque oxigenado pelo ar do amor.

Você suscitou de onde eu menos esperava
Veio sorrateira, não disse quase nada
Trouxe o riso singelo e o olhar enigmático
Deixou-se encantar. Encantou-me.

E assim...

Quando me vi perdido, lhe achei
Quando vi você, me apaixonei

E assim...

Estou em paz com o mundo porque...
você existe ( Me encontrei )
A sua vida, o meu caminho: Nosso Amor.
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Este é um poema que fiz para a minha linda namorada!
Ele retrata como nos conhecemos, da forma que ela adentrou na minha vida.
E tão logo que se fez existente em mim, eu não consigo mais visualizar existir sem ela.

Amo você, meu bem...

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Poema CÍRCULO



Que nossa estada não seja a estrada
Errante, errônea
Que possa ser até vagante
Mas sempre circulante
Para que em algum ponto
A gente se (re)encontre.

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Este é um poema de 2006 se não me falha a memória. De conteúdo singelo, mas de uma profundidade sentimental - pra mim - indescritível. Adoro-o sobremaneira.

sexta-feira, dezembro 25, 2009

[...Quando o ser e o parecer são cúmplices...]



Escutava certo dia uma música de Caetano denominada “Uns” e percebi o quanto é pertinente seu conteúdo. Ela começa com o verso uns vão. Estive a me perguntar quem vai (?)! Vão muitos, inclusive os uns tão, os que pensam que são, vão uns pés, uns mãos, vão uns cem, uns sem, uns que têm e outros que nada têm, vão uns deuses, uns bichos, uns azuis, uns menos, uns mais, uns por demais.

Se vão é certo que para algum lugar se vai! Os que são só cabeça geralmente enclausuram-se em suas idéias, em seus devaneios de mundo de só razão, constroem labirintos enigmáticos para seus sentimentos que talvez nem eles próprios sejam capazes de decifrar, por isso que não raro se perdem de si mesmos. Os que são só coração, ah!, esses sofrem e vão para onde o coração manda, amam e desamam só para depois amar mais ainda, esquecem de amar só para terem o prazer de amar como se fosse a primeira vez e brincam num pique esconde a fim de achar seu amor só pelo cheiro, pela intuição e assim provar o quanto amam. Nada mais coerente. Diz Drummond “que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?”. Os que se negam a viver a vida nem vão nem ficam, são levados. Ora pela desilusão, ora pelo esquecimento, não querem ser lembrados, não querem lembrar... da vida, do amor, da dor que punge o coração quando um projeto pessoal não se concretiza. Recusam-se a provar o tempero da vida, a sentir o apetite das experiências, não se possibilitam descobrir os hieróglifos que o amor deixa gravados n’água e na pedra. Que triste sina!

E ainda há outros... há os saudosistas que carregam para o futuro a realidade do passado, deixando o presente impregnado de choro pelo que deveria ter sido e não está sendo. Há os esperançosos de que tudo vai dar certo, de que tudo terá um desfecho ditoso, crêem num mundo só de felicidades e em vias da perfeição, vivem num castelo de areia que qualquer água da dificuldade ou vento da provação pode destruir, não estão aqui com os olhos da realidade, porém adotaram como morada o mundo dos contos de fadas. Há também os de amanhã, os promesseiros do depois. O planeta será das rosas, a vida vai melhorar, vou me esforçar, vou ajudar, vou aprender, vou fazer o que deve ser feito... A-M-A-N-H-Ã! E este amanhã nunca chega, pois ao romper a manhã do dia que até a pouco seria o dia vindouro, este logo se transforma em hoje e nada se faz, já que a promessa encontra raízes no dia que ainda vem, que parece tão distante ou tão real quanto o 30 de fevereiro.

Como causa e efeito ou ação e reação, o que vai algum dia volta. Uns vão para se encontrar e se acham por um tempo. Depois, como já era esperado, se perdem e resolvem voltar para o reencontro consigo. Se se reencontram, nã0 sei, só se sabe que o (re)encontro consigo fica cada vez mais difícil, nessa peregrinação por si o que vai ficando são só matizes do que já se foi. Também há aqueles que vão e voltam para se desencontrar, pois a simples idéia de se depararem consigo lhes causa grande pavor, por isso a ânsia em encontrar aquilo que não são e em convencer-se de que sendo o que não são, serão.


E no final das contas todo mundo que vai e volta, que se encontra e desencontra, que mostra o que não é e tenta apagar o que é, perde um pouco. Perde um pouco de si porque fica sempre numa busca insaciável daquilo que pensa ou gostaria de ser, contudo esquece-se de dar tempo a si próprio para esquadrinhamento e investigação do seu território interior. Dessa forma nem vou nem volto, simplesmente fico. Fico e aceito os dissabores da vida. Fico e, resignado, me conforto com as lições aprendidas. Fico e me vejo por vezes a dançar o baile da solidão. Fico e me encontro na minha ausência, e a sinto como Drummond a sentiu, assim branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços. Fico porque sinto dar passos de gigante mesmo quando, para afoito observador, apenas avanço como preguiçosa tartaruga. Fico porque a felicidade me é companheira, ela está aí por toda parte a se exibir toda saudosa e simples, não é um sentimento de grande estardalhaço, entretanto fica em pacotinhos de alegria para que a sintamos gradativa e incessantemente. Fico porque me constipei de amor quando ele bateu na porta, na aorta. Amada minha, pode entrar!



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Adoro esta crônica, é sem sombra de dúvidas uma das minhas diletas! Espero que gostem.

sábado, fevereiro 28, 2009

Crônica-Síntese: Amor


Aqui estou para, mais uma vez, compartilhar com vocês todo um universo de sentimentos e amor por meio de palavras. Tarefa complicada porque palavras são só palavras e nada mais. Palavras dizem do amor, da amizade, referenciam tudo aquilo que é essencial, mas palavras não são amor, tampouco a amizade e nunca são (nem serão) a essência... como não nos resta muitas alternativas para traduzir o que sentimos, o que representamos, o que desejamos uns para os outros, convém então apanhar algumas palavrinhas e assim alimentar nossos ouvidos e a alma.

Depois de árduos 4 anos, se chega hoje com um sentimento de alívio, porque, muitas vezes, certos momentos e fases da vida parecem intermináveis. Também se chega com um sentimento de dever cumprido, muito embora não tenham faltado erros e escolhas não tão acertadas. Mas, pergunto: quem aqui nunca errou? E outra: o acerto às vezes é fruto do amadurecimento da pessoa, que não raro ainda está sendo lapidada pela vida e até chegar lá terá caído, terá chorado, terá achado tudo muito sem graça e cruel. Ao final desse processo natural imposto pela vida, enxerga-se que tudo tem um propósito e uma razão de ser e que por isso valeu a pena viver, pois é necessário viver-se tudo, nada é suficientemente insignificante.

Outro sentimento despertado depois de tudo que vivemos nesse período é de alegria, pois se entra agora numa outra etapa da vida com a satisfação de ter feito muito bem o que deveria ser realizado. E melhor: no início todos começamos dispersos e soltos, até porque não nos conhecíamos. E hoje terminamos em família, como uma família, cada qual com sua energia, marca e tempo próprios. Mas, incondicionalmente, TODOS IMPORTANTES.

E falando de início, como não lembrar da feijoada dos calouros! Foi como o primeiro olhar de duas pessoas que não se conhecem e de repente se veem e logo ficam apaixonadas. Assim foi, nos enamoramos graciosamente e os bons sentimentos só se estreitaram e foram fortalecidos com a convivência. Não esqueçamos, também, da tradição dos aniversários comemorados em sala de aula iniciada quando inesperadamente Wanúbia apareceu com um bolo para festejar seus 17 anos.

Se vivemos muitos momentos felizes, não podemos esquecer também de momentos igualmente marcantes: alguns amigos foram deixando a UEPa e o grupo inicial com mais de 30 pessoas, chega hoje com menos da metade desse número. Mas é assim mesmo: escolhas, caminhos que são trilhados e seguidos. O mais importante é que eles deixaram a universidade, contudo ainda permaneceram membros dessa linda família que formamos.

Tivemos uma grande despedida, a ida de um lindo ser, que tanto nos abrilhantou com sua larga sapiência, alguém que nos marcou profundamente. Decerto que o mestre Sapucahy não poderia ficar de fora desta crônica-memória. Rubem Alves nos diz que a morte vem quando a vida não quer mais ficar, pois terá se completado o ciclo. Assim ele foi...

Muitas coisas poderiam ainda ser ditas nesta crônica porque infindáveis foram os encontros, os festejos, as confraternizações, mas isso não é necessário: esses instantes estão dentro de nós e para rememorarmos basta olharmos para as janelas da alma de cada um, os olhos. Lá estão tudo, os melhores momentos, os instantes inesquecíveis. Ali mora a essência.

E esta formatura, fim de mais um ciclo da vida, é também início para outros e outros ciclos que virão. Concordo com o poeta inglês T.S. Eliot quando diz que "(...) no meu fim está o meu início". E durante a caminhada da vida quem deve sempre estar é o amor...
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PARTE 02... Algumas impressões, apenas impressões

Marcelo: autor de danças frenéticas de passos e
compassos só seus. Também é e foi o dedilhador oficial da turma. Marcelinho é único.

Camila: um mimo de pessoa e um oceano onde todos querem naufragar. Maravilhosa pessoa.

Rafaele: Falando de água, agora da destilada, não há quem tire seu supremo reinado da BOHEMIA. Pessoa adorável.

Suellen: a amiga das festas de aniversários na UEPa. Foi e é uma menina incrível. Ah... e também dos feitos incríveis.

Márcia: Toda opinião sua tem um único limite: a sinceridade. Uma das pessoas mais fortes que já conheci e em quem todos nós devemos nos espelhar.

Thiago: Apesar de seu jeito mais sério, já há algum tempo que o sorriso está largo em seu rosto. Qual o nome dela, hein Thiago? É um rapaz muito inteligente.

Carla: Há ser mais musical e da mídia como a Carlinha? Não neh! É aminha aposta para pop star paraense. Carlinha é uma autêntica artista.

Wanúbia: de longe a letrada mais curiosa e detentora da caligrafia mais caprichada que existe neste mundo. É uma menina incrivelmente simples e prestativa.

Suzany: dizem ser a menina do contra. Discordo. Suzy, por favor, não discorde de mim! É uma pessoa enormemente cativante. Suzy, deixa eu viver no país da Suzylândia?

Regiane: Não é santa, mas é a nossa Rainha. Seus olhos são vivos e mostram toda a gana que ela tem para concretizar os objetivos que traça. É uma menina admirável.

Jéssica: Há pessoa mais doce e meiga que a Jessiquinha? Não existe. É uma menina simplesmente encantadora.

Quésia: É a Ridícula, que para todos nós significa: pessoa sem igual, grandiosamente humana, adorável e determinada.

Walker: Ah...ele é nosso presidente da piada, eleito por aclamação. Um amigo para todas as horas, tem um coração do tamanho do amor que sua mãe tem por ele: E-N-O-R-M-E.

Denise: A menina do Amigos para Sempre. Cantora, teatróloga e o principal: agora uma professora-formadora. Denise é um encanto de pessoa.

Maíra: É o doce de leite da turma, que adora pão de queijo: por que será, hein? Uma das pessoas mais preocupadas com o próximo que já conheci. É muito especial e muito a admiro.

Paula: é a minha marida, é a mangueira e só pensa em casar depois dos 80. Ainda é uma menina que apenas cresceu. O brilho dos seus olhos transparece o quanto ela é verdadeira e amiga. É alguém indescritível.

Ricardo: dos meninos, o mais bronzeado. Bom, eu não vou ganhar o canudo nem vou poder usar o anel de formado, mas espiritualmente me formei com vocês e sempre estive e pertenci a turma. Amo especialmente a cada um de vocês e os tenho todos no meu coração.

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Falar de vocês é muito fácil e gratificante. Nunca me considerei o cronista da turma, como sempre fui conhecido, mas sempre fui aquele que se aventurou a (tentar) traduzir o que emocionalmente senti, o menino que tentou dizer o que somente o olhar e o coração podem dizer. Sempre foi um exercício de amizade e satisfação escrever sobre e para vocês. Acho que muitas vezes acabei escrevendo muito e dizendo pouco. Noutras vezes disse muito não tendo escrito tanto. Eu sempre na minha busca da palavra perfeita... e duas já encontrei: A-M-I-Z-A-D-E e A-M-O-R...

sexta-feira, novembro 28, 2008

POEMA DO PERDÃO

Tudo vai
Tudo move
Tudo devolve
Tudo revolve
Tudo pára
e gira
Tudo imagina
Tudo imortaliza

Tudo, tudo, tudo, tudo, mas quem disse que tudo é Tudo?
Tudo é também Nada e o nada tudo completa.
Então, pra que querer tudo se o tudo também é constituído do nada?

Há quem diga que o Nada é importante, e que todos o desejam:

Nada-morte
Nada-corte
Nada ignorância
Nada petulância
Hipocrisia... nada
Desventura... nada
Desesperança... nada
Tudo nada!

Há outros que desprezam o Nada, o vazio, a não existência das coisas. Exaltam o infinito:
Infinito amor
Infinito amar
Infinito mar
Infinito dar
Infinito doar-se
Infinito... tudo infindo!

Desejo o Tudo e o Nada, eles se completam, são dialéticos, imiscuem-se a ponto de um poder ser o outro sem que percam suas naturezas (o tudo de tudo e o nada de nada).

Assim sou... assim somos
Dias sou tudo
Noutros, nada
Dias eu faço alguém regozijar
Noutros faço um lindo ser chorar.
Em dias tudo erro
e nada em outros.
Não sou perfeito, espelho
Nem imperfeito, imagem distorcida

Sou só esse tudo, esse nada
Esse que errou e pede perdão.

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Bom, apesar de eu odiar fazer poemas por achar muito difícil a feitura dos mesmos, eu por vezes ainda me aventuro (sou teimoso, sei disso), mas sinceramente não tenho coragem em expô-los, mostrá-los ou postá-los. Este é uma exceção, pois é um poema meu muito querido e sempre o releio, o revisito. Espero que gostem e que o comentem.

Abraços,
Ricardo Daltro

quarta-feira, outubro 15, 2008

ETERNAMENTE SAPUCAHY (dia 14/10/08)


(in absentia...)
Foi-se um lindo ser. Foi-se um grande professor, um maravilhoso pai, um sábio...
Como é duro este apertozinho da despedida de alguém que nos é importante, quando da viajem pra lá que ninguém sabe ao certo onde fica, enquanto ficamos nós aqui tentando nos refazer de todos os baques que invariavelmente sofremos, tentando juntar os cacos depois de estilhaçados os vitrais d’alma.

Uma coisa, no entanto, é certa: Para tudo há o seu tempo. Há tempo de nascer e tempo para morrer. Internalizar isso é ser fiel à vida, é saber respeitá-la, pois a “reverência pela vida”, diz Rubem Alves, exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir.

Aliás, mestre Sapuca, foi contigo com quem me iniciei naquele que hoje é para mim um verdadeiro guru: Rubem Alves. Foi com o texto “A pipoca”. Lembro-me como se fosse hoje. Aquele texto me transformou, sua simbologia, a expressividade e a singeleza como trata aspectos tão importantes da vida que muitas vezes deixamos de lado. Aspectos esses como da transformação porque deve passar o homem para que ele venha a ser o que ele deve ser. Para que isso ocorra deve-se passar pelo fogo, afinal “quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira” (trecho de “A pipoca”, de Rubem Alves).

O autor mineiro finaliza sua crônica com o seguinte parágrafo: “Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...” Decerto, notável Professor, não eras piruá, isto é, milho que fica no fundo da panela, pessoa fechada para a vida, carrancuda e cheia de cascas; todavia, eras pipoca, milho que estoura e se transforma em branca flor, porque mesmo adulto eras criança, a enxergar a vida como uma grande brincadeira. Com que satisfação falavas dos teus netos... sinto que por vezes com eles te confundias.

Vênia. Peço permissão, meu pai e mamãe, porque eu sou também Rodrigo. Rodrigo de Sapucahy. Se eu sempre me acostumei com a confusão de na minha família me chamarem ora de Ricardo, ora de Geraldo, contigo, querido Sábio, sabia que nunca haveria (e nunca houve) incerteza de como me chamarias: era Rodrigo. Sempre. Rodrigo do Sapucahy! Tal fato, no início, motivo de correção pelos amigos da sala, depois já era uma constante e que nos levava a risos, porque nada conseguia fazer para que não me chamasses de Rodrigo. Saiba: sempre gostei de sê-lo.

Fazendo este texto e recordando desse e de muitos outros momentos, passageiros, mas que hão de ficar, e por isso que são bons, gostosos de (re)lembrar, é que se deflagra uma realidade, um sentimento: SAUDADE. Já sinto aquela pontinha de ausência, da distância incalculável que agora te separa de nós, teus filhos, netos, amigos, alunos... de nós, teus eternos admiradores.
Findo esta singela homenagem com dois excertos do poema “Parece um sonho” de Mário Quintana, poeta das coisas simples como mesmo dizias:

(...)
Mas tua imagem, nosso amor, é agora
menos dos olhos, mais do coração.
Nossa saudade te sorri: não chora...

Mais perto estás de Deus, como um anjo querido.
E ao relembrar-te a gente diz, então:
"Parece um sonho que ele tenha vivido!

(in presentia...)

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Na foto, respectivamente: Walker (amigo) e Sapucahy, querido que se foi. Vá em Paz. Descanse. Aprenda a língua da imortalidade, do infinito porque a nossa bem aprendeste e eras um sem igual quando a ensinava!


quarta-feira, setembro 24, 2008

Eternamente em Mim Minha Avó

Não tenho muito o que dizer.
Te foste.
Lá chegaste.
Senti o perfume de flores da morte.
Cheira pungentemente.
Mas está (faz parte do) no caminho!
Não é, contudo, a imagem que fica.
Ficou a fotografia de um ser forte, alguém por quem meu amor foi (é e será) incondicional.
Ficou a tua marca em mim da solidariedade, da beleza de alma, da luta incansável para bem servir os seus... entes, amigos e quem pedia ajuda.
Ficou um grande exemplo de vida, um enorme céu de amor, esculpiste a escultura de tua doce alma em nossas almas, pincelaste em todos nós uma natureza de simplicidade,
e tamanho era teu coração que nos fizeste ter também corações ternos e grandiosos.
Eis a tua obra. Eis a tua assinatura.
Em dialeto só meu “Ravó. Rapé. Rabanho”, me entendeste.
Eu agora tenho que te entender... Foste descansar nos braços d’Ele.

Saudades. Saudades. Saudades
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Em uma hora como essa nada é fácil. O Sentimento de perda, de ausência é terrível. Mas não podemos fazer muita coisa! É aceitar, é acreditar que já se era o tempo. Hoje, 22 de setembro de 2008. Que dia nebuloso. Dia feio. Meu coração está muito apertado. Não sinto, porém, raiva, rancor ou revolta. É somente esta coisa tão pungente que é a despedida, do adeus... Fiquemos em paz...